Trabalho de psicologia
Trabalho de psicologia
Identidade
· “Eu sou eu, diferente de todos os outros.”
· O que é?
· Como se constrói?
· Identidade pessoal
Definição:
Conjunto de percepções, sentimentos e representações que uma pessoa tem de si própria. E o que lhe permite reconhecer e ser reconhecida socialmente.
· Essencial numa pessoa
· Características:
ü Continuidade- sentimento de nos reconhecermos;
ü Estabilidade- Representação estável que temos de nos próprios e que os outros têm de nós;
ü Unicidade- Cada um age de forma diferente;
ü Diversidade- Cada pessoa tem vários papéis sociais;
ü Realização- Realização de si próprio através da acção;
ü Auto-estima- Visão positiva de si próprio.
· Construção
Constrói-se ao longo do tempo e actualiza-se ate à morte.
· Processo de socialização
O indivíduo constrói a sua identidade ao longo de toda a sua vida (muitos consideram que começa antes do seu nascimento, no imaginário dos pais).
Recém-nascido, não tem consciência da sua identidade e é através do processo de socialização que a irá adquirir. Entre 1 ano e 2 anos de idade a criança constrói uma imagem de si (reconhece-se ao espelho). Essa imagem visual de si própria vai progressivamente relacionar-se com o que sentimos interiormente. Esta fusão associa-se à actualização do termos “Eu”. À medida que a criança cresce as interacções socias alargam-se no contexto da creche. Nestes grupos a criança segue modelos.
“ A identidade é, ao mesmo tempo, ser como os outros e ser diferente dos outros.”>> “Quem sou eu em relação aos outros e quem são os outros em relação a mim”
· A identidade constitui a integração de todas as experienciais do sujeito, de toda a sua história de vida. Envolvida a dimensão biológica – o nosso corpo- e a dimensão relacional – a nossa identidade constrói-se na relação com os outros.
Identidades
Existem 3 tipos de identidade:
· Identidade pessoal- envolve a percepção subjectiva que o sujeito tem da sua individualidade;
· Identidade Social- resulta da interacção que estabelecemos com o meio social;
· Identidade Cultural-reconhecimento através dos valores que partilha com a sua sociedade.
Estas 3 identidades encontram-se numa interacção íntima são as três componentes de um mesmo sujeito. A identidade de uma pessoa é uma totalidade dinâmica onde todas as dimensões interagem.
ü Inscrição mental das histórias da vida
A relação dos seres humanos e o seu mundo tem uma temporalidade, ou seja, uma história.
Quando se diz que os seres humanos e o seu mundo possuem uma temporalidade também se diz que possui uma história. No decorrer desta história o individuo interage com o mundo. Desde que o ser humano nasce e se relaciona com o meio e com os outros muda-o, mas o mundo também sofre mudanças em cada momento que percorremos.
Nesta relação do ser humano com o mundo desenrolam-se no tempo, que é encarado de diferentes perspectivas, sendo 3 temporalidades:
1º- Liga-se aos seres humanos enquanto membros de uma espécie, através da evolução da espécie, das características que partilhamos com outros seres humanos.
2º Liga-se à história das interacções sociais e transformações em termos de organização social. O meio sociocultural onde ocorrem interacções entre indivíduos sendo fundamental ara a construção da identidade. (esta dependente da cultura)
3º A temporalidade psicológica. Liga-se às interacções vividas por cada individuo, e a forma como lhes dá sentido construindo uma forma de ser própria.
Texto
Eu não sou como os outros
Eu não sou como os outros. A partir de um bebe inconsciente, inacabado, fomos a pouco e pouco, fabricados por todos os contributos do mundo que nos rodeia. Lançando mão de todos os recursos, devorando tudo, desenvolvemo-nos sem preocupações, às cegas, empanturrados de papas, de conselhos, de bandas desenhadas, de afecto, de repreensões e de televisão.
Chega então a idade em que olhamos para nós próprios: quem é este ser em que me transformei? O que é que ele vale? Examinamos o olhar dos outros que, muitas vezes, nos trespassa sem nos ver (serei tão insignificante?), ou nos chega carregado de ironias e desprezos (serei ridículo?). Vemo-nos ao espelho. Serei belo? Serei inteligente? A resposta a estas duas perguntas lancinantes é: diferente dos outros.
Eu não sou como os outros. É claro, porque o meu património genético, fruto de uma dupla lotaria, é único, como única é a aventura que vivo. O que tenho em comum com todos os outros é o poder de, a partir do que recebi, a partir do que recebi, participar na minha própria criação.
Mas é preciso que mo permitam.
E para isso contribuíram os meus pais, cujo ovulo e espermatozóide continham todas as receitas de fabricação das substancias que me constituem.
E a minha família, pelo alimento, pelo calor, pelo afecto, que me permitiram crescer e estruturar-me.
E a escola, que me transmitiu conhecimentos lentamente acumulados pela Humanidade desde que esta se procura conhecer e conhecer o Universo.
E todos me amaram, com o sei insubstituível amor.
Mas sou eu que tenho que concluir a obra, que tenho de colocar a trave-mestra. Esqueçam o modelo que gostariam que eu fosse: não sou obrigado a realizar o sonho que imaginaram para mim; isso seria trair a minha natureza de homem. Para que eu seja verdadeiramente um homem, devem oferecer mais uma coisa: a liberdade de vir a ser o que escolhi.